Instruções de Jesus Para Vigilância
no Tempo do Fim 4
João Calvino
“Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo?” (Mt 24: 45)
“Quem é o servo fiel e prudente?”
Esta passagem é mais distintamente explicada por Lucas, que insere a pergunta de Pedro, que deu origem a uma nova parábola. Cristo tendo declarado que a rapidez e a incerteza de sua vinda conduziria a tal perigo, não deixou espaço para a indolência, e Pedro perguntou, se esta doutrina era geral, ou se pertencia somente aos doze; porque os discípulos como vimos anteriormente, tinham sempre o hábito de pensar que eles eram tratados injustamente, a menos que eles fossem excetuados do lote comum, e fossem mais destacados do que todos os demais.
Quando nosso Senhor agora representa para eles uma condição que está longe de ser agradável ou desejável, eles olham redor, como pessoas atônitas, mas o objetivo da resposta de Cristo é, mostrar que, se cada uma das pessoas comuns deveria vigiar, muito menos deveria ser tolerado que os apóstolos fossem achados dormindo espiritualmente.
Como Cristo tinha anteriormente exortado toda a família em geral, para vigiar sua vinda, então agora ele exige cuidados extraordinários dos principais servos, que haviam sido nomeados em detrimento de outros com o propósito de apontar, por seu exemplo, o caminho da sobriedade, vigilância e estrita temperança. Por estas palavras, ele lhes lembra que não haviam sido elevados à sua alta posição com o propósito de serem indulgentes com facilidades, com indolência e prazer; mas que, quanto maior o grau de honra que tivessem obtido, mais pesado o fardo que seria colocado sobre eles; e, portanto, ele declara que é especialmente exigido de tais pessoas que exerçam fidelidade e sabedoria.
Que todos os que são chamados a um cargo honroso aprendam com isso, que eles são muito mais fortemente ungidos, não só para realizar seu trabalho fielmente, mas para lutar com o máximo zelo no cumprimento do seu dever. Por enquanto é suficiente para os servos comuns passarem por sua labuta diária, mas de mordomos, cujo ofício envolve o cuidado de toda a família, espera-se muito mais. Caso contrário, Cristo os acusa de ingratidão, porque apesar de terem sido escolhidos antes dos outros, eles não responderam à sua honra.
Por que o nosso Senhor os preferiu aos demais, senão com o objetivo de que possam sobressair a todos pela fidelidade e sabedoria?
É verdade, de fato que todos são intimados sem exceção, a serem sóbrios, e a darem atenção sincera, mas a sonolência seria particularmente vergonhosa e imperdoável em pastores.
Em seguida, ele fixa ainda a esperança de uma recompensa para incentivá-los à diligência.
Traduzido e adaptado por Silvio Dutra.
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