Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos

 

 

 

Atrair o Mundo com Animação?

 
Por D. M. LLoyd Jones

 

“Bem-aventurados os que choram”

Isto distingue o cristão, mostrando que ele é totalmente diferente daquele que não é cristão, que pertence ao mundo.

O choro e o luto são coisas que este mundo se esforça para evitar a qualquer custo; toda a sua organização baseia-se na suposição de que a tristeza precisa ser evitada.

A filosofia do mundo é: esqueça as suas aflições; dê-lhes as costas; faça tudo que puder para não enfrentá-las. Toda a organização da vida, a paixão pelas diversões, o dinheiro, a energia e o entusiasmo expendidos para entreter o povo, expressam bem o grande objetivo que o mundo procura, de eliminar essa ideia de choro e esse espírito de tristeza.

Mas, o Evangelho diz: 

«Felizes os que choram». 

Na verdade, esses são os únicos felizes! (Vide também Lucas 6)
 
Isso é algo que jamais se vê no mundo; é algo que não é tão evidente na Igreja hoje como o foi outrora, e como transparece no Novo Testamento tem conquistado popularidade; a idéia de que se nós como cristãos devemos atrair os não-cristãos, devemos exibir aparência de animação e jovialidade. . . não algo que brote de dentro, mas algo de que nos vestimos.
 
Não posso deixar de pensar que a explicação final da condição da Igreja hodierna está num defeituoso senso de pecado e numa defeituosa doutrina do pecado. Ligada a isso, é claro, está a falta de compreensão da verdadeira natureza da alegria custa... (essas coisas), ainda agindo em conjunto, produzem necessariamente uma espécie de gente superficial e um tipo muito insuficiente de vida cristã.

Não admira que a Igreja esteja falhando em sua missão se o seu entendimento, tanto do pecado como da alegria, e assim defeituoso e inadequado... a convicção de pecado deve, necessariamente, preceder à conversão; um autêntico senso de pecado tem de vir antes que possa haver verdadeira alegria da salvação. 
 
Assim é que muitos passam a vida empenhados em achar essa alegria cristã.

Querem a alegria à parte da convicção de pecado, mas isso é impossível; nunca poderá ser obtido.

 

 

 


 

 

D. M. Lloyd Jones
Enviado por Silvio Dutra Alves em 28/08/2014
Alterado em 27/11/2023
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