O Puro Amor
De tão acostumados que estamos
A contemplar o mal por todos os cantos
podemos pensar que o amor
é como remendo de velhos panos...
um mero desviar-se de contendas,
um apaziguamento aparente
e o esconder do rilhar de dentes.
Comparar o amor com tudo isto
equivale a cuspir na face de Cristo,
que em si mesmo é a fonte
de todo verdadeiro amor...
que em sua majestade e excelência,
é sempre humilde, gentil e terno,
como Ele revelou lavando os pés
de todos os seus discípulos.
O amor que suportou ofensas
Com longanimidade extrema.
Que tudo sofreu com paciência,
e que curou toda sorte de doenças.
Ah! O amor que não conheceu canseira,
que ressuscitou o morto,
consolou o triste,
alimentou o faminto,
à custa do próprio sacrifício.
Ah! O amor que sarou feridas
de tantas almas sofridas.
Que nada tendo enriqueceu a tantos,
com a mais pura graça divina.
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 12/09/2014