Unidade de Fé e de Amor
Deus mesmo havia revelado a Paulo, durante sua segunda viagem missionária, depois de ter fugido de Filipos, Tessalônica e Beréia, para Corinto, que tinha muito povo nesta cidade e ordenou ao apóstolo que permanecesse ali pregando o evangelho (At 18.9,10), e isto propiciou que houvesse inúmeras conversões, inclusive a do judeu chefe da sinagoga, chamado Sóstenes (At 18.17), que é citado pelo apóstolo na saudação inicial desta epístola aos Coríntios, cujo primeiro capítulo estaremos comentando.
Assim, não havia nenhuma dúvida no coração do apóstolo quanto à genuinidade da conversão dos cristãos coríntios, o que se evidenciava na multiplicidade de dons sobrenaturais do Espírito Santo que abundavam naquela igreja.
No entanto, como veremos ao longo de toda esta epístola, estava faltando unidade no Espírito entre eles, porque haviam formado vários partidos.
Eles não haviam feito progresso na sua maturidade espiritual, e isto podia ser explicado em parte, mas não justificado, pelo fato de ser uma Igreja recém fundada.
Dizemos que não pode ser justificado, porque os cristãos de Tessalônica, por exemplo, haviam feito grande progresso na fé, apesar do pouco tempo que tinham de convertidos.
Esta epístola foi escrita quando Paulo se encontrava em Éfeso durante a sua terceira viagem missionária, em torno de 54 d.C., e ele havia fundado a Igreja de Corinto na sua segunda viagem, tendo permanecido um ano e seis meses pregando e ensinando o evangelho naquela igreja - cerca de 50 a 51 d.C. (At 18.11).
Assim, por ocasião da escrita desta epístola a Igreja de Corinto contava com apenas três ou quatro anos de formação.
Muitos interpretam erroneamente esta epístola para tentarem desapreciar os dons sobrenaturais do Espírito, e pensam que Paulo escreveu esta epístola para demonstrar que não há valor em ser batizado no Espírito Santo e ser uma Igreja onde o Espírito se manifeste abundantemente em dons sobrenaturais, caso falte maturidade espiritual ou fruto do Espírito na vida.
A carta foi escrita para corrigir o rumo daquela Igreja.
Foi escrita para lhes apontar o caminho que deveriam seguir, sem abandonarem o que haviam recebido de Cristo.
Se o poder do Espírito se manifestava entre eles, não deveriam impedir a manifestação de tal poder, ao contrário, deveriam avançar nisto, abundando mais e mais em dons espirituais, sem no entanto, esquecerem da necessidade e importância de se ter um testemunho de uma real transformação por um aumento crescente na santificação do Espírito, pela separação do pecado, e da vitória sobre o diabo e o mundo.
Paulo iria repreendê-los por viverem de modo carnal, em divisões, mas queria lhes dar antes da repreensão, a certeza de que haviam sido santificados em Cristo, e foram chamados para se santificarem, como todos os demais cristãos de todas as partes do mundo que invocavam o nome de Jesus Cristo (I Cor 1.2).
Eles haviam sido feitos participantes de fato da graça de Deus, que lhes fora dada por meio de Jesus Cristo (I Cor 1.4).
Eles foram enriquecidos pela manifestação da vida de Cristo na Igreja de Corinto, por meio de toda a palavra e de todo o conhecimento relativo ao evangelho (I Cor 1.5, 6).
Assim eram participantes do corpo de Cristo, chamados por Deus para viverem em comunhão eterna com o Senhor, e deste modo, todos os dons do Espírito haviam sido dados a eles pelo Espírito, para o seu aperfeiçoamento espiritual, obra esta que seria certamente realizada por causa da fidelidade de Deus, que lhes chamou para que o testemunho de Jesus fosse confirmado entre eles; de forma que a confirmação deles na fé, pelo amadurecimento espiritual, que seria realizado pelo Espírito, tinha em vista serem achados irrepreensíveis no dia de Jesus Cristo; porque Deus tem ordenado a todos os cristãos que vivam de tal modo, que estejam preparados para o seu encontro com Cristo em Sua segunda vinda.
Esta irrepreensibilidade seria forjada neles por Deus, porque o propósito da nossa conversão a Cristo é o de nos santificar.
Ele se deu por nós, para nos resgatar de toda a iniquidade e nos purificar, para sermos um povo exclusivamente Seu, zeloso de boas obras.
Este propósito se cumpre não somente por sermos batizados no Espírito Santo, mas por andarmos no Espírito, sendo aperfeiçoados espiritualmente em santificação, para que possa existir a necessária unidade dos cristãos na Igreja, de modo que tenham um só sentir e uma verdadeira união espiritual, no Espírito.
Se tivermos somente os dons sobrenaturais extraordinários do Espírito, citados nos capítulos 12 e 14 desta epístola, mas caso nos falte um testemunho verdadeiro de vida em santificação, pela Palavra, tendo sido disciplinados pelo Espírito, em razão da nossa consagração a Deus, não será apenas difícil, mas na verdade, impossível, ver tal unidade na Igreja, e as divisões e contendas serão uma mera consequência da carnalidade que imperar entre os cristãos, tal como estava ocorrendo em Corinto.
Paulo exortou então, os cristãos daquela Igreja, à unidade e ao amor fraternal, e os reprovou pelas divisões que existiam entre eles, que na verdade, era uma reprovação pela sua falta de empenho em se aplicarem diligentemente na santificação de suas vidas, por uma estrita obediência aos mandamentos de Cristo, porque era esta a verdadeira causa das suas divisões, a saber, o viverem segundo o mundo, segundo a carne, e não segundo o Espírito.
Esta exortação não se aplica somente aos coríntios dos dias de Paulo, mas a todas as igrejas, de todas as épocas, porque é do propósito e vontade de Deus que Seus filhos não vivam em dissensões, mas que sejam unidos num mesmo pensamento e num mesmo parecer, falando a mesma coisa no que se refere aos Seus propósitos eternos, revelados em Sua Palavra, por colocarem tal Palavra em prática em suas vidas.
As divisões carnais em Corinto chegaram a tal ponto, que uma família daquela Igreja veio ter com uma comitiva à presença de Paulo, quando este se encontrava em Éfeso, para que tomasse providências para mostrar aos cristãos coríntios qual é a maneira que importa os cristãos viverem para a glória de Deus.
Na sua carnalidade, e no seu andar segundo o mundo, haviam perdido a visão da unidade que há em Cristo, e que deve existir em todos os que verdadeiramente Lhe pertencem.
Eles estavam estabelecendo preferências particulares e individuais em acatar e ouvir os ministros do evangelho, aos quais se submeteriam, segundo a sua própria escolha, esquecidos de que todos eles ministram em nome de Cristo, com vistas à edificação da igreja.
Cada um com seu dom e ministério específico, que são necessários ao nosso aperfeiçoamento espiritual.
Necessitamos de pastores, mestres, evangelistas, profetas, de dons de curar, de sabedoria, de discernimento de espíritos, de conhecimento, de profecia, operação de maravilhas, socorros, governos, línguas e todos os dons que aprouve ao Senhor conceder à Igreja, pelo Espírito, para a glória do Seu próprio nome, pelo exercício real e visível destes dons e ministérios.
Então, como poderão os cristãos fazerem progresso espiritual se não reconhecem a necessidade de atuarem como um corpo, na edificação mútua em amor, pelo exercício destes dons e ministérios?
Não há departamentos e divisões em Cristo que podemos escolher a nosso bel prazer para nos dedicarmos a eles, segundo a nossa própria preferência pessoal, porque Ele não está dividido.
Cristo é uma unidade com o Pai, com o Espírito, e com todas as realidades espirituais, que existem nEle, e que Ele deseja forjar em todos os cristãos, para que sejam revestidos da Sua própria plenitude.
Foi Cristo quem morreu pelos cristãos, e é por isso que são batizados em Seu nome.
Assim todos os serviços, dons e ministérios na Igreja devem apontar somente para Ele, e estarem submissos ao Seu governo, como cabeça da Igreja, pela obediência à ordem que Ele próprio estabeleceu para o funcionamento do Seu corpo, levantando ministérios e concedendo dons diferentes aos cristãos, para que aprendam a se exercitarem em amor, pela dedicação ao exercício dos respectivos ministérios e uso dos respectivos dons, para o benefício de toda a Igreja.
Muitos cristãos pensam erroneamente que estão sujeitos apenas aos ministros que os batizaram.
Como Paulo havia batizado muito poucos cristãos em Corinto, senão a Crispo, Gaio, a família de Estéfanas e não lembrava se havia batizado outros além destes, ninguém poderia afirmar naquela Igreja que havia sido batizado em seu nome, e assim, não seria a ele que teriam que prestar contas no dia do Tribunal de Cristo, senão Àquele no nome de qual todos são batizados, a saber, ao próprio Cristo.
Como o próprio Paulo afirmou que não havia sido enviado por Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho, ele deixava este encargo aos cuidados dos pastores locais de cada uma das igrejas que ele vinha fundando, em várias partes do mundo.
O principal encargo dos ministros é o de levantarem como soldados de Cristo, a bandeira do Senhor, e mantê-la bem erguida para que todos possam ouvir o evangelho da graça.
Então, se gloriar no fato de ter sido batizado por este ou por aquele pastor, é prova de carnalidade, isto é, de ser ainda bebê em Cristo, e não um cristão maduro, que tenha as suas faculdades exercitadas pelo Espírito para discernir corretamente a verdade.
Não é algo para se admirar que todo avivamento seja precedido pela pregação do evangelho da cruz.
E que, portanto, o próprio Espírito instrua os cristãos neste sentido, como Paulo estava instruindo aos cristãos de Corinto.
Não se pode esperar por derramamento do Espírito, e se ver a plenitude de Cristo na Igreja, se os cristãos não se dedicarem à consagração de suas vidas, pela prática da Palavra e da oração.
E a prática da Palavra a que nos referimos não é algo generalizado, mas principalmente a obediência ao evangelho da cruz, que nos ordena renunciarmos a tudo por amor a Cristo; a auto negação do ego, a firme determinação de seguir o Senhor e fazer a Sua vontade sob quaisquer circunstâncias, especialmente nas adversidades e perseguições que sofreremos por desejarmos viver piedosamente em Cristo, segundo o Seu evangelho.
A pregação da cruz põe por terra toda a soberba dos homens em se jactarem em sua própria sabedoria terrena, e nas coisas deste mundo, conforme era muito comum entre os gregos, que se aplicavam sobretudo à especulação filosófica.
Evangelho não é filosofia, nem psicologia, ou sociologia.
Evangelho é a palavra da cruz, que é motivo de escândalo para os judeus, e de loucura para os gentios, mas é, no entanto, a sabedoria de Deus, porque foi pela pregação do evangelho da cruz, que Deus determinou salvar os que creem.
Não há vida eterna em nenhuma outra semente que seja deste mundo (filosofia, ciências aplicadas etc), senão na única semente que é do céu, a saber, o evangelho da cruz.
Se o homem rejeitá-lo por causa da sua própria sabedoria, que o leve a recusar esta verdade, ele será aniquilado juntamente com a sua sabedoria mundana, porque não há outro modo pelo qual os homens possam ser salvos de suas transgressões, e da condição caída de suas almas, por causa do pecado original.
A prova patente desta verdade podia ser vista pelos coríntios e por qualquer cristão de todas as épocas da Igreja, que não são de fato muitos os que são sábios segundo a carne, nem os poderosos e nobres deste mundo que alcançam a salvação, porque a sua rejeição de se submeterem à cruz, por confiarem em sua própria sabedoria e filosofia, lhes impede-lhes de a alcançarem.
Em sua grande maioria a Igreja é constituída portanto, por pessoas de condições diferentes daquelas que mundo considera nobreza, poder, grandeza, sabedoria, porque a nobreza, poder, grandeza e sabedoria de Deus que se revela no evangelho, nada tem a ver com este mundo.
A chamada do evangelho é para os que se humilham, para os pobres de espírito, para os mansos, para os contritos e quebrantados de coração, para os que têm fome e sede de justiça, para os pacificadores, para os que choram por causa do pecado, e é notório que o mundo não valoriza nenhuma destas virtudes e atitudes.
Por isso, quando a Igreja se desvia do alvo de pregar o bom, genuíno e velho evangelho da cruz, ela se desvia automaticamente do caminho de Deus que conduz à salvação.
Deus não opera por outro caminho, senão exclusivamente pelo único que Ele determinou em Sua soberania; que é o de salvar pela pregação do evangelho, à qual o mundo considera loucura.
Paulo havia sido criado aos pés de Gamaliel, mas quando pregava a mensagem da cruz de Cristo, ele deixou a sua antiga aprendizagem de lado.
Ele pregou Jesus crucificado, para que os cristãos estivessem juntamente crucificados com Ele, de uma maneira clara , direta, e no poder do Espírito.
Ninguém, pode portanto, afirmar pertencer a Cristo, caso não tenha se arrependido dos seus pecados, porque além de ter crido nEle, é preciso se submeter ao Seu governo e leis.
Toda a filosofia e pregação do mundo pagão não poderia produzir a conversão e edificação de uma só alma na verdade divina, porque isto somente é possível na própria luz do evangelho, que prevalece sobre o mundo pela autoridade de Cristo, em demonstrações do Espírito e de poder, sem que haja qualquer ajuda humana para que Deus possa fazer o Seu trabalho no interior dos corações.
A propósito, há uma tendenciosa prática cultural chamada “evangélica” em nossos dias, que nada tem a ver com o verdadeiro evangelho.
Conquista de fama, bens matérias, status, poder e tudo o mais que o mundo busca, relativamente à criatura, à criação, e não a consagração da vida ao Criador, ao Senhor, e à Sua vontade soberana, para as nossas vidas, que é a santificação.
Assim, as bocas falam e os teclados escrevem não aquilo que procede do coração de Deus, mas do próprio coração humano, não regenerado ou não santificado.
Os homens podem considerar uma tolice, um absurdo, um escândalo, a idéia de que Deus tenha encarnado num corpo humano e morrido numa cruz para carregar os nossos pecados sobre Si, na pessoa de Seu Filho, mas esta é a pura verdade que se comprova na transformação das vidas daqueles que creem na mensagem da cruz.
Os que estão buscando glória terrena e o louvor dos homens, certamente desprezarão a cruz, porque ela é uma convocação à humilhação e mortificação do nosso ego, e o instrumento que nos leva a nos submetermos à vontade Deus, em obediência voluntária e amorosa de coração.
Os coríntios estavam deixando se conduzir por suas próprias especulações carnais, e não estavam se submetendo à mensagem da cruz, e esta era a razão de não estarem fazendo progresso espiritual e estarem considerando tudo segundo o homem e a carne, e não segundo Deus.
Daí as divisões e contendas que existiam entre eles, porque fora de Cristo e da cruz, não pode existir verdadeira unidade. Porque a unidade que temos com o Senhor e uns com os outros é unidade espiritual de fé, de amor e de doutrina.
O próprio Cristo em nós é o poder e a sabedoria de Deus, de forma que, se tivermos algum poder ou sabedoria, isto não provém propriamente de nós mesmos, mas o temos recebido do alto pelo Espírito, por causa da nossa comunhão com Cristo.
Daí Paulo ter dito que foi o próprio Jesus que foi feito para os cristãos, da parte de Deus, a sua sabedoria, justiça, santificação e redenção (v. 30), de modo que nenhum cristão se glorie em si mesmo, senão unicamente no Senhor, ao ver existirem e operarem neles todas estas virtudes, porque tudo lhe está concedido pela exclusiva graça e misericórdia de Cristo.
Cuidado portanto com os ministros que se proclamam poderosos, sábios, justos, santificados, abençoados, gloriando-se em si mesmos!
Muito mais do que ter cuidado, devemos nos desviar daqueles que se gloriam na sabedoria deste mundo (v. 19; Is 29.14), porque Deus prometeu aniquilar tal sabedoria, e todos aqueles que se gloriam nela, serão juntamente aniquilados no porvir, por terem confiado nela, e não na verdadeira sabedoria de Deus para o mundo que é Cristo crucificado, para nos remir dos nossos pecados.
O evangelho da cruz é portanto, o instrumento de aniquilação de toda a sabedoria mundana, que seja especulativa quanto à salvação.
Porque a simplicidade do evangelho e a humilhação que ele requer são rejeitadas pelos sábios segundo o mundo, que podem ser encontrados até mesmo dentro da Igreja, tal como em Corinto.
Eles pensam que é preciso algo mais elaborado, mais sofisticado, mais profundo (segundo os homens) para a salvação ou para o bom funcionamento da Igreja.
Lembremos que não foi aos grandes sábios segundo o mundo que Deus confiou o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo, mas aos pobres, aos humildes, aos mansos, aos quebrantados de coração.
Não nos deixemos iludir pela aparência do que seja grande e sofisticado aos olhos dos homens, ao contrário, estejamos sempre vigilantes e desconfiemos de tudo aquilo que não se conforme à simplicidade do evangelho da cruz, de forma que nós mesmos não sejamos separados da simplicidade e da pureza que há em Cristo, pela corrupção de nossas mentes, que em vez de serem renovadas pela verdade, serão desviadas da mesma, por darmos crédito àquilo que é fruto da própria imaginação humana (II Cor 11.3).
Lembremos que não são filósofos, estadistas, milionários e poderosos do mundo que ocupam os púlpitos da imensa maioria das verdadeiras Igrejas de Cristo.
Então isto significa que o poder e sabedoria do evangelho não dependem e nada têm a ver de fato com a sabedoria deste mundo, porque a verdade do evangelho não é uma verdade que pertence ao mundo, mas uma revelação que nos veio do céu.
As coisas seculares nada têm a ver com as que são espirituais, celestiais, divinas e eternas.
Se aplicarmos o que é secular na Igreja o resultado será cristãos carnais, porque ficarão privados do único alimento que lhes pode dar crescimento na graça e no conhecimento de Cristo, que é a verdade do evangelho, tal como se encontra registrado na Bíblia.
“1 Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus), e o irmão Sóstenes,
2 À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:
3 Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
4 Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada em Jesus Cristo.
5 Porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento
6 (Como o testemunho de Cristo foi mesmo confirmado entre vós).
7 De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo,
8 O qual vos confirmará também até ao fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo.
9 Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor.”.
10 Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer.
11 Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da família de Cloé que há contendas entre vós.
12 Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo.
13 Está Cristo dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo?
14 Dou graças a Deus, porque a nenhum de vós batizei, senão a Crispo e a Gaio,
15 Para que ninguém diga que fostes batizados em meu nome.
16 E batizei também a família de Estéfanas; além destes, não sei se batizei algum outro.
17 Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã.
18 Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.
19 Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes.
20 Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?
21 Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os cristãos pela loucura da pregação.
22 Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria;
23 Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.
24 Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.
25 Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
26 Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados.
27 Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;
28 E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são;
29 Para que nenhuma carne se glorie perante ele.
30 Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção;
31 Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor.”. (I Coríntios 1.1-31)
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 20/01/2015