A Justiça é Filha da Verdade
Quem fala a verdade manifesta a justiça; porém a testemunha falsa produz a fraude. [Pv 12: 17]
Entre os dez mandamentos figura aquele que proíbe dar falso testemunho contra o próximo. Não importam os motivos, pois ainda que isto seja feito a fim de contribuir para a condenação justa de um homem mau que tenha praticado algum crime, permanece sendo um crime aos olhos de Deus a apresentação de um falso testemunho, pois que fere a justiça que demanda de nós, o dizer somente a verdade.
Afirmar que viu o que não viu... que ouviu o que não ouviu... que presenciou ser feito o que não presenciou, de fato é uma abominação para o Deus que é completamente justo e santo.
Ainda que aquele contra o qual se dá testemunho seja digno das penas da justiça, não é justo que seja condenado por meio de fraude, e o fraudulento, se não prestar contas aos homens, certamente terá que prestar a Deus, no dia do Juízo.
O nosso falar deve ser “sim”, quando corresponder ao “sim”, e “não” quando corresponder ao “não”, pois, segundo nosso Senhor Jesus Cristo, o comportamento que ultrapassa isto provém do Maligno, e não de Deus, ainda que nossas intenções sejam as melhores ao fazê-lo.
Por isso todas as boas promessas de Deus têm somente em Jesus Cristo o sim e o amém – o sim que se refere à verdade que procede de Deus, e o amém que significa o cumprimento fiel de tudo o que Ele tem prometido, e que se realiza através de Jesus.
E, se o próprio Jesus não é apenas o caminho e a vida eterna, como também a verdade, importa andarmos e vivermos nesta verdade que se encontra escondida nele e que corresponde sobretudo às realidades espirituais, celestiais e divinas, e daí nos ser ordenado que busquemos as coisas que são do alto e não as que são da terra. [Cl 3:1-3]
Assim, pois, ao considerarmos a verdade referida neste provérbio devemos pensar sobretudo naquela verdade que é eterna e divina, para que pautemos o nosso comportamento por ela e não propriamente pelos parâmetros naturais e terrenos.
Nunca esqueçamos que esta verdade nos impõe negação do ego, renúncia a tudo e até mesmo à realização dos nossos desejos, para que achemos e tenhamos somente em Deus e Sua Palavra a fonte de toda a nossa firmeza e alegria.
De outra forma não podemos amar o nosso próximo como convém e zelar pela sua boa reputação, nunca condenando e amaldiçoando, antes bendizendo e orando por ele.