Uma Advertência Amorosa
“Tende cuidado, não recuseis ao que fala. Pois, se não escaparam aqueles que recusaram ouvir quem, divinamente, os advertia sobre a terra, muito menos nós, os que nos desviamos daquele que dos céus nos adverte.” [Hb 12: 25]
Alguns têm interpretado estas palavras de Hebreus 12:25, como mera forma de advertência com o propósito de aterrorizar a mente dos ouvintes, a partir da comparação de que, se não escaparam do juízo de Deus aqueles que foram rebeldes a Ele, depois de terem presenciado todas as palavras e eventos que lhes foram dirigidos, a partir do monte Sinai, quando Deus lhes deu os dez mandamentos, muito mais agora, que Cristo nos foi enviado, Ele não permitirá que escapem os que não O ouvirem.
A par de ser verdadeiro o que se refere ao juízo, no entanto não foi esta a intenção do autor de Hebreus ao transmitir tais palavras inspiradas, porque no próprio contexto anterior havia dito, que não temos chegado ao monte Sinai e seus terrores, mas;
"Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembleia"
"e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados",
"e a Jesus, o Mediador da nova aliança, e ao sangue da aspersão que fala coisas superiores ao que fala o próprio Abel". [Hb 12: 22 - 24]
E assim, indicando que estamos sendo convocados não pelos terrores da lei, mas pelo amor de Jesus demonstrado em Sua morte no Calvário, no qual derramou o Seu sangue por nós, e à participação de uma assembleia de santos aperfeiçoados, participantes da glória divina, de modo que, se rejeitarmos tal demonstração de amor para nossa salvação; o que pode nos esperar, senão o juízo eterno?
Quando a epístola aos Hebreus foi escrita, havia cerca de 40 anos decorridos desde a morte e ressurreição de Jesus; agora, já são passados cerca de dois mil anos, e desde então, pelo testemunho de incontáveis pessoas que se converteram a Cristo, continua sendo comprovada a plena veracidade de tais palavras relativas ao fato de que Deus nos tem salvado por conta de uma grande misericórdia, longanimidade, e amor demonstrados à humanidade.
Como poderá então, ser justificada a rejeição de tal chamado à conversão, por parte daqueles que insistem em se manter rebeldes contra Ele e à Sua vontade?