Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
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Pensamento


 

A questão vital de se ter a habitação do Espírito Santo, como prova de que pertencemos, de fato a Cristo, não é de mero caráter locativo, ou seja, que se trate de uma simples deliberação da parte de Deus, para que alguém possa alcançar a salvação - como se fosse algo do tipo:
“O Espírito Santo habita em mim, portanto sou salvo, e estou na condição que agrada inteiramente a Deus.”

Devemos entender, que a vida santa que somos chamados a ter, não pode existir de modo algum se não formos regenerados e santificados pelo Espírito Santo, operando este trabalho, habitando dentro de nós.

Mas, jamais poderíamos ter esta regeneração (novo nascimento) e santificação, caso não estivéssemos ligados a Cristo pela fé, pois é somente por meio de tal união a Jesus, que podemos ser redimidos, perdoados de todos os nossos pecados, e sermos justificados por Deus.

Agora, há um propósito em tudo isto, a saber, que sejamos purificados e capacitados a viver em unidade amorosa com Deus, e com todos os que são da fé, na esperança de alcançarmos a perfeição absoluta na glória do céu. Evidentemente, este é um trabalho sobrenatural, celestial, espiritual e divino, que implica a nossa transformação progressiva à imagem e semelhança do próprio Jesus, sobretudo quanto ao Seu caráter e virtudes.

Então, a vida santificada operada pelo Espírito Santo naqueles que pertencem a Cristo, é muito mais do que simples virtude moral.
Posso dar um breve exemplo disso:
Alguém é muito honesto, então poderíamos pensar que, por causa disso estaria habilitado a ser um dos futuros abençoados, que habitarão o céu depois da morte.

 

Mas, devemos indagar:

O que motiva a honestidade de tal pessoa?
Ele o faz para não somente entristecer o Espírito Santo, mas muito mais do que isto, para que possa agradar a Deus; ou por qualquer outro motivo?

Por que entende que é bom ser honesto?
É verdade, mas não suficiente para definir um filho de Deus.

 

Porque aprendeu isto do exemplo de seus pais, e quer honrar a memória deles?
Também não é a motivação correta e suficiente para descrever um salvo.

 

Em razão de temer ser difamado, ou sofrer algum tipo de punição?
Estes e todos os demais motivos de sua honestidade, que não correspondem ao primeiro citado, não definem um caráter que foi trabalhado pelo Espírito Santo, e implantou na pessoa um santo temor e amor ao Senhor.


 

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 09/02/2019
Alterado em 05/11/2023
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