Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos

Sem Santificação Ninguém Verá o Senhor Jesus 10:
 

Os principais sinais apontados na Bíblia como indicativos da proximidade da volta de Jesus têm sido cumpridos especialmente nestes dois últimos séculos, e notadamente no que passou, pois foi nele que ocorreram as duas grandes guerras mundiais, e os rumores de guerra aumentaram consideravelmente com a guerra fria que se instalou com o surgimento do socialismo e do comunismo. Além disso, foi nos séculos XIX e XX que o evangelho logrou atingir todas as nações da Terra, dando-se cumprimento ao que Jesus havia falado de que antes da Sua volta importava que o evangelho fosse pregado a toda criatura debaixo do céu. Considere-se também que a intensidade e número de terremotos, pestes, fome e outras calamidades apontadas por Jesus como sinais da sua volta, aumentaram muito nestes dois últimos séculos, e não poderíamos deixar de considerar a volta de Israel em meados do século XX para ocupar novamente a Palestina, depois de cerca de 1.870 anos de sua dispersão por todo o mundo.
Tudo isto indica a grande necessidade de se atender hoje, mais do que nunca, à chamada que é feita ao povo de Deus para que se santifique para o encontro com Jesus entre nuvens, por ocasião do arrebatamento, pois é dito que sem santificação ninguém verá o Senhor.
Ai de nós se Deus em sua justiça tratasse conosco segundo a medida exata do que é devido a ela por conta dos nossos pecados!
Mas ninguém se iluda pensando que esta longanimidade nos alcançou sem que houvesse a necessidade de qualquer tipo de reparação ou vindicação da justiça de Deus que havia sido seriamente ofendida pelas nossas muitas transgressões da sua lei.
A nossa conta de dívida foi inteiramente paga por Jesus com o seu sacrifício na cruz. Ele carregou sobre si a nossa culpa e todos os nossos pecados para que pudéssemos ser reconciliados com Deus, e mais do que isso, sermos transportados das trevas para a luz para sermos recebidos por ele como filhos amados.
Nada diferente disso poderia nos ter valido, porque o pecado é a perfeição infinita do mal, e somente aquele que fosse a perfeição infinita do bem, a saber, Jesus Cristo, poderia vencer o pecado.
Não poderiam ser portanto as nossas boas obras que nos levariam a alcançar a nossa justificação por Deus, senão somente a fé em Jesus, que nos leva a obter a salvação por sua pura graça.
Mesmo as nossas obras de justiça e de fé, se podemos assim chamá-las são produzidas em nós pela mesma graça que nos justificou e salvou, de maneira que toda a glória, honra e louvor sejam dados exclusivamente a nosso Senhor.
Nossas boas obras apontam para a glória que Deus receberá por meio de Seu filho unigênito que tudo operou em nós e nos capacitou para realizá-las, especialmente naquele dia futuro em que todos compareceremos diante do Tribunal de Cristo.
É por isso que ao crente é ordenado que viva pela fé, pois é disso somente que decorre a sua justiça, a qual lhe foi imputada como sendo não a sua, mas a Justiça perfeita de Jesus, e mesmo toda a justiça que nele é infundida no trabalho da santificação é também de Cristo, e não propriamente a do crente.
Não devemos, portanto, se estamos em Jesus Cristo, nos abatermos seja pelo que for, até mesmo por nossos pecados a ponto de não recorrermos a Ele pela fé, para confessarmos e nos arrependermos, na firme certeza de que seremos recebidos por ele e perdoados e purificados de toda a injustiça.
É pelo sangue que ele derramou na cruz e somente por ele que podemos ser lavados de nossos pecados, sejam eles quais forem, exceto o único que é imperdoável, a saber, a blasfêmia contra o Espírito Santo.
Deus prometeu fazer essa mortificação dos nossos pecados sozinho, como em Miquéias 7.18,19.
“8 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia.
19 Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.”
Ele subjugará nossas iniquidades por nós.
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 27/09/2021
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