Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos

 

 

 

 

 

 

4 Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus.

5 Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte.

6 Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra." [Rm 7: 4-6]

 

Toda e qualquer pessoa que chega à existência neste mundo está sob o pacto de obras que Deus fez com Adão, de que para ter vida e não morte deve ter obediência perfeita a Deus, e a todos os Seus mandamentos revelados na Sua Lei.

Sabemos que ninguém é apto para tal, em razão do pecado original que opera como uma lei na natureza terrena do homem, mas em Cristo, Deus propôs uma nova aliança, um novo pacto, para que não sejamos condenados pela maldição da Lei para os seus transgressores - e somente por graça e mediante a fé em Jesus somos considerados como mortos para a Lei, pela nossa identificação com a morte de Jesus, de modo que somos transferidos da condição de escravizados pela Lei, para a de libertados pela graça de Cristo, para podermos servir a Deus em novidade de espírito.

 

"14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado.

15 Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto.

16 Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.

17 Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim.

18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo.

19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.

20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim.

21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim.

22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus;

23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.

24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?

25 Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado." [Rm 7: 14-25]

 

O Espírito Santo se entristece no crente, quando ele se deixa vencer pela lei do pecado, uma vez que, caso estivesse se exercitando diariamente na piedade, não permaneceria debaixo do domínio do pecado, senão do da graça.

O prazer do Espírito Santo é glorificar a Jesus, e Ele somente pode ser glorificado por meio da nossa adoração em espírito e em verdade, pela nossa oração com fervor no Espírito, e com a meditação e prática da Sua Palavra, pela qual somos santificados.

A lei da graça está sendo implantada por Deus na mente do crente, à medida que ele cresce por meio da graça e do conhecimento de Jesus.

O fato de a lei do pecado guerrear contra a mente do crente, para colocá-la fora de combate, a fim de que não decida segundo a lei da graça na qual ele aprendeu a ter deleite e temor de Deus, para que não peque por agir atuando, principalmente nas imaginações, pensamentos, vontade, emoções, afetos e sentimentos do crente, para levá-lo a desejar coisas que sabe que Deus condena, ou que seja duvidoso, ou ignorante ainda quanto àquilo que Ele não aprova, e que por fim, pela não interferência da mente para decidir por pecar, acabe praticando aquilo que ele não gostaria de praticar, por sentir o Espírito Santo se entristecendo nele, por estar permitindo que a batalha contra o pecado seja perdida.

Mas, graças a Deus por Jesus Cristo e a nova aliança que fez através dEle, pela qual podemos nos recuperar, segundo a lei do evangelho, que nos oferece a oportunidade de variadas conversões pelo arrependimento, para sermos restaurados e renovados, de modo que ainda que haja muitas falhas em nossa adoração e serviço ao Senhor, todavia, em Cristo, Ele se determinou e prometeu perdoar todas as nossas transgressões e esquecer todos os nossos pecados, desde que nos entristeçamos e nos humilhemos por causa deles e busquemos sinceramente o perdão que há em Jesus, para sermos renovados pelo Espírito Santo.

 

É por causa da lei do pecado que guerreia contra a lei da graça, que Deus implantou na mente e coração do crente, que há uma luta permanente entra a carne e o Espírito Santo, conforme declarado em Gálatas 5: 16-25, em que ao crente é ordenado a andar sempre no Espírito, para obter vitória nas batalhas que empreenderá contra a carne.

E, saberemos que temos obtido a vitória nestas batalhas, quando sentirmos a paz de Cristo voltando a reinar em nossa mente e coração; no entanto, devemos permanecer vigilantes, porque há outras batalhas que teremos que enfrentar depois da nossa vitória no presente.

 

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 20/12/2021
Alterado em 07/04/2022
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