Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos

 

Desta parte 94 de nosso estudo até a parte 110, estaremos apresentando algumas citações extraídas do livro intitulado "Brecha em nossa Santidade", de autoria de Kevin deYoung.

Você não cresceu preocupado com santidade. Não era assunto tratado em sua casa; não era algo pelo qual sua família orava, ou que sua igreja enfatizava - por isso, até este momento, não é sua paixão.

A busca da santidade parece ser mais uma coisa para esquentar a cabeça, em sua vida já tão atribulada.

É claro que você até gostaria de ser uma pessoa melhor, e espera poder evitar os pecados verdadeiramente sérios, mas você raciocina que, já que foi salvo pela graça, santidade não é algo necessário a você e, com toda franqueza, sua vida até que parece boa sem ela.
 

A brecha em sua santidade é que você não se importa muito com ela, e dificilmente encontramos nas igrejas de hoje, exortação apaixonada para se buscar santidade “movida ao evangelho”.

Não é que não falemos acerca de pecado, ou que não encorajemos um comportamento digno.

A maioria dos sermões são basicamente palestras de autoajuda em como se tornar uma pessoa melhor - isso é moralismo, e não ajuda nem um pouco.

Qualquer evangelho que prega o que você precisa fazer, mas não anuncia o que Cristo já fez, não é evangelho coisa nenhuma. Por isso mesmo, não estou falando em ficar cansado todo domingo por assistir Sport Center, e dirigir um utilitário.

Estou falando nos fracassos como cristão, especialmente as gerações mais jovens, e os que mais desdenham “religião” e “legalismo” levarem a sério um dos grandes objetivos de nossa redenção, e uma das evidências necessárias à vida eterna – nossa santidade.
 

J. C. Ryle, um Bispo em Liverpool, do século XIX, estava certo:

“Precisamos ser santos, porque esse é um supremo fim e propósito pelo qual Cristo veio ao mundo... Jesus é um Salvador completo.

Ele não retira meramente, a culpa do pecado do que crê, ele vai além... rompe o seu poder. (1 Pe 1; 2; Rm8: 29; Ef 1: 4; 2 Tm1: 9; Hb 12: 10)

Meu medo é, que conforme nós celebramos corretamente, e em alguns ambientes redescobrimos tudo do que Cristo nos salvou, temos parado pouco para pensar e,
consequentemente concentramos poucos esforços em tudo para o que Cristo nos salvou.

Será que os mais apaixonados acerca do Evangelho e pela glória de Deus, não deveriam ser os mais dedicados na busca por santidade?

Preocupa-me que haja um vazio de entusiasmo, e ninguém parece se importar.
 

QUEM DIZ?
Como é que eu sei haver uma brecha em nossa santidade? Bom, eu não sei.

Quem poderia fazer o diagnóstico do estado em que se encontra a igreja evangélica, ou que se encontra a igreja na América do Norte, e mais difícil ainda; o estado em que se encontra a igreja ao redor do globo?

Eu poderia fornecer estatística acerca de desastres morais de pastores, ou dados acerca do mundanismo no frequentador de igreja mediano.

Com estatística é possível se dizer tudo - setenta e três por cento dos eleitores registrados sabem disso.
Portanto, eu não faço qualquer reivindicação de haver comprovado cientificamente, que os cristãos estão negligenciando a busca da santidade, mas não sou o primeiro a pensar que está faltando alguma coisa no cenário atual da igreja contemporânea.

 

 

 

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 28/01/2022
Alterado em 10/09/2022
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