Façamos um rápido teste: resuma a Grande Comissão que Jesus apresenta ao final de Mateus 28.
Se não souber o que é, pode abrir no texto para ver, mas se você sabe do que estou falando, pense numa frase-resumo de duas linhas.
Não cite os versículos; coloque-os em suas próprias palavras.
O que Jesus nos comissiona a fazer na Grande Comissão?
Você talvez tenha dito: “Ele nos envia ao mundo para evangelizar”; ou, quem sabe, “Ele quer que preguemos o Evangelho às nações”, ou quem sabe, ainda, você mencionou algo a respeito de fazer discípulos.
Essas respostas não estão erradas; mas você se recorda das instruções precisas de Jesus?
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo";
"ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século". (Mt 28: 19-20)
A palavra “guardar ” significa mais que “tomar conhecimento de” - significa “obedecer”.
Não estamos pedindo às nações, que olhem para os mandamentos de Jesus como se fora uma interessante tela de Rembrandt. Estamos ensinando às nações a seguirem Seus mandamentos.
A Grande Comissão diz respeito a santidade. Deus quer que o mundo conheça Jesus, creia em Jesus, e Lhe obedeça.
Não estamos levando a Grande Comissão a sério, se não estivermos nos ajudando mutuamente a crescer em obediência.
Mesmo assim, quantos de nós costumamos pensar em santidade, quando pensamos em trabalho missionário?
Como é fácil nos contentar em conduzir pessoas a tomarem uma decisão por Cristo, em lugar de concentrarmos atenção em fazer discípulos de Cristo.
É claro que isso não significa, que estamos simplesmente tentando fazer pessoas boas que vivem como Jesus.
A Grande Comissão nada significaria e nada realizaria se não fosse pelo fato, de que Aquele que a proferiu tem “toda autoridade no céu e na terra”. (Mt 28: 18)
É apenas e tão somente por confiarmos nEle, e por sermos perdoados por Seu sacrifício substitutivo, que somos capazes de trilhar os caminhos dEle.
Não há como fazer bons frutos brotarem de árvores ruins. As ordenanças de Jesus não podem vir separadas de Sua pessoa e obra.
Qualquer que seja a santidade que Ele requer, ela é como o fruto de Sua obra redentora, e existe para ser vitrine de Sua glória pessoal, mas em toda essa nuance necessária, não perca de vista aquilo pelo qual muitas igrejas passaram batidas. Jesus espera obediência de Seus discípulos.
Repassarmos os imperativos de Cristo constitui o cerne da Grande Comissão.
Não se trata, portanto de abrirmos nossas bocas e falar de Jesus aos outros, mas de buscarmos ser santificados, para que Jesus fale aos outros por nós.