Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
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A Santidade se Parece com uma Consciência Limpa
Não pensamos na consciência tanto quanto deveríamos. Mas a Bíblia tem muito mais a dizer acerca da “pequena voz em sua cabeça” do que imaginamos. Umas das bênçãos da justificação é uma consciência limpa diante de Deus. As acusações do Diabo podem ser silenciadas pelo sangue do Cordeiro (Ap 12.10-11; conf. Rm 8.1; Zc 3.2). Mas mesmo depois de reconciliados com Deus precisamos dar atenção à nossa consciência. De acordo com Rm 2.15, todos temos a lei escrita em nossos corações de forma que nossa consciência ou nos acusa ou nos defende. Deus nos fala através da consciência, e quando negligenciamos sua voz nos colocamos numa posição muito perigosa.
É claro que a consciência não é infalível. Podemos ter uma consciência má que não volta as costas para o pecado (Hb 10.22).
Podemos ter uma consciência cauterizada que já não se sente mal como pecado (1 Tm4.2). Podemos ter uma consciência fraca que se sente mal com coisas que, na realidade, não são erradas (1 Co 8.7-12). E também podemos ter uma consciência corrompida que perde a capacidade de discernir o certo do errado (Tt 1.15). A consciência não é substituta para a Bíblia e jamais deve estar em oposição a ela. Mas uma boa consciência é um presente de Deus. À medida que buscamos a santidade, sempre precisamos ficar atentos à voz de Deus falando-nos através de uma consciência sensível, informada que é pela Palavra de Deus. Ela não nos conduzirá à tentação, mas nos livrará do mal.

(Nota do Pr Silvio Dutra: A lei que Deus prometeu implantar em nossa mente e coração, é sobretudo, se a podemos assim chamar, a lei da graça a que se refere o apóstolo Paulo em Rom 7, dizendo “a lei da minha mente”. Não propriamente uma lei pertencente naturalmente à sua mente, mas a lei do evangelho e tudo o mais que se aplica da lei geral de Deus na dispensação da graça, ali implantada pelo Espírito Santo, segundo o Seu lavar regenerador e renovador, pela transformação dos padrões de pensamentos mundanos, em padrões espirituais, celestiais e divinos, na formação de uma boa consciência que atue segundo estes novos padrões da nova criatura. Assim a consciência boa é aquela que atua segundo o padrão da Palavra de Deus e não pelas nossas inclinações naturais. A sociedade moderna diz que o homem deve ser guiado pelo seu próprio eu interior, mas Deus nos diz que devemos ser guiados pela Sua Palavra, de modo que não temos uma iluminação que parte de nosso próprio interior natural, mas uma revelação que nos veio do céu, pela inspiração de homens que foram escolhidos para deixá-la registrada na Bíblia.)

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 28/01/2022
Alterado em 05/09/2022
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