Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
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... Santificação aos Cristãos 128

 

Em segundo lugar, como as atuações e o funcionamento da mente são espirituais, assim também se dá com relação à consciência, que caso não seja claramente esclarecida, e devidamente animada e provocada por estímulos internos ou externos, não é afetada para um devido funcionamento, pois assim como é desordenada quanto ao esclarecimento correto que deveria ter, por uma formação adequada com o que é verdadeiro, bom e justo, assim também, ou seja, desordenado, será o seu funcionamento, quanto à aprovação do que é certo, e condenação do que é errado.

Além disso, a consciência não é capaz de exercer atos reflexos sobre as falhas da mente, como principalmente em relação aos atos de toda a alma.

A consciência funciona de acordo com o que está programado na mente, ou seja, segundo o nosso padrão de pensamento formado por nossas crenças. Daí a importância de se renovar a mente com a Palavra.

 

Quando os afetos estão emaranhados com o pecado, ou quando a vontade começa a concebê-lo por seu consentimento expresso, a consciência é capaz de fazer um alvoroço na alma e não dar descanso nem silêncio até que a alma seja recuperada.

Veja a importância do conhecimento firme do que seja pecado ou não, segundo a Palavra, para que a consciência possa nos transmitir este alarme para que evitemos o pecado que está sendo proposto à mente.

Assim, toda obediência aceitável a Deus é chamada de um processo, de acordo com a "regra", isto é, uma obediência canônica (segundo a regra) ou regular.

"E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus".(Gl 6: 16)
Que eles sejam assim é o grande dever da mente, e que com toda diligência deve atender, exatamente com precisão diligentemente em todas as coisas, isto é, tenha atenção à regra do que você faz.

"Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios",(Ef 5:15)  

Agora, esta obediência, quanto ao princípio, que seja feita com fé e por uma derivação real da força de Cristo, sem a qual nada podemos fazer.

"Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer". (João 15: 5)
Não basta que a pessoa seja um crente, embora seja necessário para toda boa obra, mas também que a fé seja agida peculiarmente em todos os deveres que fazemos, porque toda a nossa obediência é a "obediência da fé", isto é, o que a doutrina da fé requer, e que a graça da fé traz ou produz.

"Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas". (Efésios 2:10)
"por intermédio de quem viemos a receber graça e apostolado por amor do seu nome, para a obediência por fé, entre todos os gentios, (Rm 1: 5)

Então, de Cristo é expressamente dito ser "nossa vida" , nossa vida espiritual; isto é, a fonte, o autor e a causa, de onde o apóstolo diz:

"Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória". (Cl 3: 4)
"Cristo vive em mim; e a vida que hoje vivo na carne vivo pela fé do Filho de Deus". (Gl 2: 20)

Não só Cristo era a vida dele, um princípio vivo, mas Ele liderou sua vida, isto é, liberou ações vitais em todos os deveres de santidade e obediência - pela fé do Filho de Deus, ou nEle, derivando assim suprimentos de graça e força.

Um crente deve vigiar com diligência, a saber, que tudo o que ele faz para Deus seja feito na força de Cristo; o que deve ser diligentemente investigado por todos os que pretendem caminhar com Deus.

Esta é a razão pela qual, Deus, com tanta frequência pede ao Seu povo que considere diligente e sabiamente, para que façam tudo de acordo com o que Ele ordenou.

 

 

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 08/03/2022
Alterado em 11/04/2023
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