Escapando do Rastro do Diabo
“Durante a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que traísse a Jesus”. (João 13: 2)
O diabo sempre perseguirá de um modo terrível e especial, a todo aquele que tiver um chamado específico e preponderante da parte de Deus no plano de salvação, e não seria surpreendente vê-lo investindo de forma constante, ardilosa e feroz contra Aquele que é o autor, o consumador da fé, e o principal agente na salvação da humanidade, a saber, nosso Senhor Jesus Cristo.
A perseguição de Satanás a Jesus não foi manifestada apenas na tentação do deserto, mas em várias situações de confronto, sobretudo com os escribas e fariseus que eram movidos pelo diabo, a resistir duramente ao Senhor.
Todos aqueles que forem realmente chamados por Deus, a exercerem alguma função de destaque e importância no Seu Reino, também sofrerão, guardadas as devidas proporções; as mesmas perseguições e investidas do diabo com o intuito de desviá-los de sua missão, e lhes causar todo o constrangimento e dano que for possível - e fará isto usando principalmente, pessoas com as quais eles tenham que se relacionar, seja circunstancialmente ou não.
Daí a necessidade de vigilância e prudência constante da parte deles, para que não sejam prejudicados no trabalho que têm que realizar para Deus. Toda a aplicação em prevenção é ainda pouco, e é preciso orar e confiar-se inteiramente à proteção e cuidado do Senhor, para que não venham a sucumbir.
Como é possível explicar de outro modo, quando alguém que sequer conhecemos, e com quem tenhamos que fazer algum tipo de contato; haja de maneira completamente irracional, provocativo e insolente conosco, quando sequer lhe dirigimos qualquer palavra?
Os olhos não podem ver, mas pode se discernir espiritualmente; assim como Satanás entrou em Judas no momento em que Jesus lhe deu o pedaço de pão na ceia; em seguida ele logo se retirou para traí-lo, também continua entrando pessoalmente ou por seus demônios em pessoas, que muitas vezes nem sabem explicar o sentimento repentino de aversão e ódio que começaram a sentir contra nós, com o desejo de nos ofender ou prejudicar.
Tudo isto é feito com um planejamento muito anterior pelo reino das trevas, até o ponto de culminância em que se pretende chegar com o desferir do golpe final, como se deu com Jesus, até que fosse levado à cruz.
Muitos foram martirizados enfrentando processos injustos contra eles levantados pelo diabo, através dos seus instrumentos humanos.
Moisés enfrentou a fúria de faraó e do Egito; Davi, da parte de Saul e dos israelitas; Paulo, da parte dos judeus que o caçavam como se fosse uma perdiz, e caso não fosse mantido na prisão romana pela provisão de Deus para manter sua vida protegida, não teria um só minuto de paz sem perseguição durante todo o seu ministério.
Não há portanto, para o crente chamado por Deus a servi-Lo em algum ministério especial, em que seja tornado automaticamente um alvo para o diabo, esta coisa de dia perfeito de alegria, paz e recreação com o mundo lá fora, pois para onde quer que se volte há de encontrar esta resistência do inferno agindo contra sua alma, fazendo com que deva estar em constante vigilância e dependência de Deus para ter livramento e paz.