Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
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A Fé que nos Convém para Volta de Jesus

A Necessidade de Santificação Total

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No cultivo da santidade universal, não devemos nos contentar apenas em "nos despojar do velho homem", mas estar continuamente nos revestindo do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade; devemos ser renovados no espírito da nossa mente,

“e vos renoveis no espírito do vosso entendimento”,

“e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade”.  Efésios 4: 23, 24

 

Esta é uma expressão que merece ser profundamente considerada, pois contém a própria essência da verdadeira santificação.

"mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências”. Romanos 13: 14

E ter em nós mesmos, a mesma "mente que estava nEle”

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”.  Filipenses 2: 5

 

Marque todas as suas disposições; seu deleite na presença de Deus, dependência de seus cuidados e zelo por Sua glória, seus hábitos abnegados de todo tipo; e, ao mesmo tempo, sua paciência e mansidão, sua compaixão e amor para com os homens, mesmo para com seus inimigos mais inveterados. Essas devem ser as disposições que devemos cultivar, nas quais devemos crescer até a perfeição.

“O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. 1Ts 5: 23

 

O que quer, que tenhamos alcançado devemos "esquecer tudo e avançar para mais”.

“Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão”, Fp 3: 13-14

E,

"Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”, Efésios 4: 15

 

Tudo isso devemos fazer "no temor de Deus".

Essa expressão deve ser particularmente marcada, pois no "temor de Deus" consiste a perfeição da santidade.

Por "temor de Deus" entendo aquela ternura de consciência, e vigilância mental que protege até mesmo de um pensamento que desagradaria a Deus.

Existe uma sensibilidade de impressão (tal como existe na menina do olho quando tocada pelo menor cisco no ar), que devemos manter viva em nossos corações em referência ao pecado, e ter em exercício ininterrupto.

Nisto, o próprio Senhor Jesus Cristo se destacou proeminentemente, sendo "de rápido entendimento no temor do Senhor”.

“Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor”.
Deleitar-se-á no temor do Senhor; não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos”; Isaías 11: 2, 3

 

É por isso, que Deus se comprometeu a aperfeiçoar Sua obra dentro de nós, "fazendo-nos temê-Lo para sempre" e "colocando seu temor em nossos corações para que não nos afastemos dEle.

“Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus”.

“Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos”.

“Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.”  Jeremias 32: 38-40

 

“Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR”.

“Deleitar-se-á no temor do SENHOR; não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos”;

“mas julgará com justiça os pobres e decidirá com equidade a favor dos mansos da terra; ferirá a terra com a vara de sua boca e com o sopro dos seus lábios matará o perverso.”  Isaías 11: 2-4

 

Essas passagens seriam cuidadosamente notadas e comparadas nesta visão. O temor de Deus é a coroa de todas as graças e conquistas cristãs, sem o qual nada tem valor.

É o matiz rebaixado que marca o amadurecimento e a maturidade de nosso fruto mais escolhido; é aquele pelo qual o homem de Deus é aperfeiçoado, e a imagem de Deus é completada na alma.

 

A menção das promessas em conexão com isso me leva a mostrar;

II. O uso das promessas na sua produção, Pedro nos diz que;

"pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo",  2 Pedro 1: 4

E, com o mesmo efeito Paulo fala nas palavras diante de nós.

É pelas promessas, que devemos cumprir a tarefa que nos foi designada no texto.

Para esta obra abençoada elas são bem preparadas, pois elas operam:

1. Em uma forma de motivo

Quem pode contemplar as promessas no contexto anterior e não sentir que suas obrigações para com o Deus Todo-Poderoso são tão grandes, que superam qualquer outra consideração sob o céu?

Deus promete "habitar e andar em nós" como em seu templo?

Ele se compromete a "ser nosso Deus", tanto quanto se não houvesse outra criatura no universo, além de nós mesmos que tivesse algum interesse salvador nEle?

Ele declara que "nos receberá" e agirá em relação a nós, como o Pai mais indulgente em relação a seus amados "filhos e filhas"?

 

Tudo isso nos é prometido livremente, mesmo para todos que se separarão de um mundo ímpio e buscarão sua face?

Quem pode contemplar isso, e não perguntar instantaneamente: "O que darei ao Senhor por todos esses benefícios?"

Quem pode ter tanta esperança nEle, e não se esforçar para purificar-se, assim como Deus é puro?

“E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro”.  1 João 3: 3

 

É assim que Paulo sentiu suas obrigações para com o Senhor; e assim nos exorta a uma devoção sem reservas de nós mesmos a Deus, garantindo-nos que as misericórdias que nos são conferidas rendem uma consagração inteira de nós mesmos a Ele - "um culto racional”!

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”. Romanos 12:1

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 12/05/2023
Alterado em 20/10/2023
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