O que é Santificação

Não somos limpos que precisam ter cuidado para não se sujar, mas sujos que necessitam se limpar continuamente.

O apóstolo Paulo afirmou no final do seu ministério, que era o principal dos pecadores. (I Timóteo 1: 15,16)

Neste texto ele usa o verbo no tempo presente: “eu sou o principal dos pecadores”,  e não: eu fui.

Somos ordenados a nos santificar, e isto denota que a santificação é um processo contínuo para se alcançar a santidade.

Disso se conclui que, enquanto no corpo temos uma natureza terrena decaída, chamada de velho homem, da qual necessitamos nos despojar continuamente.

De tudo isso se conclui, que não somos quanto ao velho homem, algo limpo que precisa se manter purificado; muito ao contrário, pois na carne não habita bem algum, e carregamos enquanto no corpo, os resquícios do pecado; sendo assim, quanto à carne, pessoas impuras que necessitam de constante purificação.

Isto foi ensinado por Jesus, quanto à necessidade que temos de lavarmos sempre os nossos pés, que é uma referência aos nossos pecados presentes, apesar de o restante do corpo encontrar-se limpo pela Sua palavra, que é uma referência ao corpo do pecado original, do qual fomos já perdoados e purificados aos olhos de Deus, por termos sido justificados por meio da fé em Jesus.

É a esta última condição citada que o apóstolo Paulo se refere  em I Coríntios 6: 9-11

“9 Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas,

10 nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.

11 Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”

Muitos crentes coríntios ainda viviam em grosseiros pecados, sem se preocuparem em lavarem seus pés (pecados presentes), e o apóstolo lhes aponta a necessidade de se esforçarem para tal purificação, uma vez que quanto à condição passada deles, de terem vivido inteiramente na carne havia ficado para trás, por terem sido lavados, santificados e justificados, quando se converteram a Jesus, sendo novas criaturas, dotados de uma nova natureza espiritual, celestial e divina, na qual deveriam crescer por meio da operação do Espírito Santo em suas vidas.

Apesar de serem crentes carnais eles herdariam o reino de Deus, mas deveriam se esforçar para serem espirituais por meio de uma contínua santificação.

A condição de não herdar o reino de Deus é a daqueles que permanecem em estado não justificado e não regenerado (novo nascimento do Espírito), sendo em consequência, inteiramente sujeitos a um viver segundo a carne, por estarem separados de Cristo, que é o Único capaz de nos reconciliar com Deus, nos livrando da morte espiritual e eterna, do domínio do pecado, do diabo e do mundo.