Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos

 

 

 

O que é de César e

o que é de Deus

 

 

 

Não é dado a Deus, o que não é feito com amor, alegria e voluntariamente. Os únicos atos aceitáveis a Deus são aqueles que são feitos por amor a Ele, e não propriamente para homens.

Deus ama aquele que dá com alegria e de coração, e este é o princípio que deve estar presente em todo o nosso serviço para Ele e ao próximo, pois sem isto não há aceitação de Sua parte, tanto de nós, quanto de nossas ofertas.

 

César, conforme referido por Jesus, representando todos os governantes da Terra não age por este princípio divino, mas pelo exercício coercitivo da força, estabelecendo punições e multas para aqueles que não cumprem suas obrigações legais. Para isto mesmo Deus instituiu autoridades no mundo para que cobrando taxas, impostos, e regulando a vida civil através de leis, torne possível a convivência mútua na Terra.

O crente deve sujeitar-se a César por amor e temor ao Senhor Jesus, que assim o ordena.

Dar a César o que é de César, sem tentar obrigar César a dar a Deus o que é de Deus.

Se um crente é político e disputa com César sobre questões de governo, deve fazê-lo em seu próprio nome, e nunca no da Igreja, porque são princípios opostos: César age por imposição da força, e Deus, por amor.

 

No Dia do Juízo Deus prestará contas com César, e com todos quanto à obediência que Lhe é devida.

A presente dispensação da graça para a Igreja de Jesus em todas as nações, não é como era a dispensação da Lei para a nação de Israel nos dias do Antigo Testamento.

Os israelitas estavam sob um governo Teocrático em que todos eram obrigados a cumprir a lei de Deus, sob pena de serem punidos imediatamente em caso de desobediência aos Seus mandamentos.

Este governo Teocrático somente retornará com a volta de Jesus e fechamento da presente dispensação, quando todos aqueles que no Milênio não forem convertidos deverão se sujeitar aos mandamentos de Deus, sob pena de serem punidos em caso de rebeldia.

 

Mas, no presente, a Igreja não deve interferir nos assuntos do Estado, assim como este não deveria interferir nos assuntos internos da Igreja, quanto à forma de adoração a Deus e conduta religiosa dos crentes.

Os que agirem contrariamente a esta regra deverão prestar contas a Deus no dia do Juízo, não cabendo, todavia à Igreja tentar impor ao Estado a vontade Deus conforme prescrita na Bíblia para todos os cidadãos, pois é notório que a grande maioria não estaria jamais disposta a isto, pois a carne não está sujeita à lei de Deus, e nem mesmo pode estar.

 

 

 

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 12/06/2023
Alterado em 13/02/2024
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