Quem é de Fato Jesus

É bastante conhecida a estória de um elefante em uma sala totalmente escura, à qual acessaram diversas pessoas sem um conhecimento prévio do que havia na sala, com a incumbência de dizerem em que objeto haviam tocado por uma simples experiência de tato, com algumas partes do paquiderme.

Os que tocaram na tromba disseram que era uma mangueira de grosso calibre; os que tocaram nas patas, disseram tratar-se de uma coluna, e assim por diante, sem que ninguém acertasse que se tratava de um elefante.

Conclusões inadequadas e incorretas são muito comuns de ocorrerem também quanto ao estudo das Escrituras Sagradas, quando não se tem um conhecimento prévio do todo da revelação.

Para qual objetivo supremo a Bíblia aponta?

Qual foi o plano de Deus para a humanidade, especialmente para os eleitos?

Qual é a função de nosso Senhor Jesus Cristo em relação a tudo isto?

Se estas, dentre outras perguntas de igual teor não forem respondidas satisfatoriamente, é bem certo que ficaremos à mercê de tirar conclusões erradas sobre os decretos eternos de Deus, em relação a muitas coisas essenciais sobre o Seu reino e a nossa possível participação nele.

Devemos sempre lembrar que um ponto de partida errado, pode muitas vezes conduzir a um final errado.

Assim, quando estudamos a Bíblia devemos partir do fim da revelação para o início, e não ao contrário, pois é pela verdade revelada muito mais claramente sob as luzes do Novo Testamento, que podemos ser livrados de muitas interpretações errôneas sobre todas estas coisas que têm sido afirmadas como, por exemplo, é de importância essencial sabermos que tudo foi criado em Jesus  Cristo, por Ele e para Ele, e que os eleitos de Deus são chamados a serem conformados a Ele, para atingirem a perfeita imagem e semelhança com o Filho Unigênito de Deus.

É por este ponto de partida que podemos entender, que o próprio Adão em seu estado de perfeita inocência, também deveria cumprir este propósito ainda que se mantivesse sem pecado, pois tanto ele quanto qualquer outro filho de Deus deve viver pela vida de Jesus nele - deve renunciar ao próprio ego para viver sob a instrução, direção, poder de Jesus, e estar em perfeita comunhão com Ele em espírito, amando-O acima de todas as coisas em completa dependência dEle, em submissão a Ele e Sua vontade.

Quando o pecado entrou na humanidade, o mesmo Jesus já havia sido designado desde antes da fundação do mundo, para ser também nosso Salvador, cumprindo todos os ofícios necessários para tal propósito, como os de sacrifício, sacerdote, profeta, e rei.

Sendo posto na Trindade como Senhor e Juiz sobre todo ser humano, é quem delibera sobre quem há de ir para o céu e quem há de ir para o inferno, pois lhe foi dado poder sobre a vida e a morte, e é em suas mãos que se encontram as chaves, tanto do céu, quanto do inferno.

Assim, de posse deste conhecimento prévio podemos agora fazer um passeio pelas páginas das Escrituras desde o início, onde veremos sendo dito a Adão e a Eva, já no princípio, que na plenitude do tempo se manifestaria ao mundo um descendente da mulher que esmagaria a cabeça do diabo, para que aqueles que o diabo vinha trazendo em cativeiro juntamente com o pecado pudessem ser libertados por tal bendito e poderoso descendente.

Esta promessa foi reafirmada quando Deus começou a preparar um povo (Israel) para entrar em aliança com Ele, para que por este povo, o Messias prometido se manifestasse ao mundo.

Assim, o descendente de Abraão através do qual todas as nações do mundo seriam abençoadas por Deus, com o cumprimento da promessa de derramamento do Espírito Santo sobre aqueles que viessem a crer neste Messias prometido, era o Senhor Jesus Cristo.

Esta promessa foi reafirmada aos patriarcas daquela nação (Isaque e Jacó), bem como a Moisés, a Davi, e aos profetas do Velho Testamento, até João Batista.

Quando o Messias se manifestou e falou de forma final e definitiva sobre a verdade e a vontade de Deus para a humanidade, especialmente para os crentes ficou comprovado de uma vez para sempre, que é somente por Sua vida operando em nós através do Espírito Santo, que podemos cumprir os Seus mandamentos como, por exemplo, tudo o que vemos registrado nos evangelhos, sobretudo no Sermão do Monte.

Nem Adão, ou qualquer outro poderia fazer a vontade de Deus em tudo o que importa ser obedecido, sem esta comunhão viva e pessoal com Jesus, em espírito, pois isto foi designado para ser experimentado somente por aqueles que permanecem nEle, confiam nEle, e a Ele recorrem pela fé em completa confiança nEle e em Sua Palavra, ainda que em meio às maiores tribulações.

É a estes que guardam o mandamento de permanecerem no Senhor em toda e qualquer circunstância, que Ele se manifesta juntamente com o Pai e o Espírito Santo, dando-lhes força e consolo até mesmo em caso de martírio.

Todos os que confiaram no Senhor foram vencedores na batalha contra o diabo, o pecado e o mundo, e disso dão testemunho tanto as Escrituras, quanto a história da verdadeira igreja cristã, desde sua formação a partir do dia de Pentecostes, quando mais de três mil pessoas se converteram com a pregação de Pedro sob a unção do Espírito Santo.

Com tudo isto, Deus tem comprovado que é somente em Jesus Cristo que podemos achar a vida eterna e Seu poder e amor.

Fora dEle há morte e condenação eterna, pois em nenhum outro poderemos achar a salvação.