Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos

 

A Disciplina Divina Não Deve Ser Rejeitada

 

 

Deuteronômio 21

18 Se alguém tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedece à voz de seu pai e à de sua mãe e, ainda castigado, não lhes dá ouvidos,

19 seu pai e sua mãe o pegarão, e o levarão aos anciãos da cidade, à sua porta,

20 e lhes dirão: Este nosso filho é rebelde e contumaz, não dá ouvidos à nossa voz, é dissoluto e beberrão.

21 Então, todos os homens da sua cidade o apedrejarão até que morra; assim, eliminarás o mal do meio de ti; todo o Israel ouvirá e temerá.

22 Se alguém houver pecado, passível da pena de morte, e tiver sido morto, e o pendurares num madeiro,

23 o seu cadáver não permanecerá no madeiro durante a noite, mas, certamente, o enterrarás no mesmo dia; porquanto o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus; assim, não contaminarás a terra que o SENHOR, teu Deus, te dá em herança.

 

Comentário

Especialmente nesta porção das Escrituras está revelada a autoridade paterna sobre os filhos, sendo uma instituição de procedência divina, portanto mais do que um direito natural, a saber, o da autoridade e governo dado por Deus aos pais sobre os filhos.

Quem a isto se opõe está afrontando a ordenação divina, e há de prestar contas a Ele em juízo.

Pela graça do evangelho na dispensação da graça, não somente  a penalidade aqui prevista, como todas as disposições civis e cerimoniais da Lei do Antigo Testamento como, por exemplo a do olho por olho e dente por dente, foram excluídas em Jesus Cristo, porque o Senhor tem se mostrado misericordioso e até mesmo perdoador para todos os que se arrependem, como tem transferido para o dia do Juízo Final, a penalidade extrema de morte espiritual e eterna para todos os que não se arrependerem.

 

Todavia, nunca é demais lembrar, que o preceito em tela não dá aos pais o direito de exercerem autoridade arbitrária, que provoquem os filhos à ira, senão a que é baseada nos preceitos de justiça revelados na Palavra de Deus.

E, nunca é demais também lembrar, que esta justiça não é a que seja decorrente da fria interpretação da Lei, mas a que é segundo a graça, a misericórdia e o amor do evangelho que prescreve o dever do perdão, da paciência, da longanimidade, etc.

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 16/08/2023
Alterado em 17/10/2023
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