Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos

 

O Novo Mandamento

 

 

“34 Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.

35 Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” (João 13: 34, 35)

 

Como somos identificados como verdadeiros discípulos de Jesus?

Ou seja; como saber quem tem seguido a Ele e aprendido com Ele como deve ser e viver?

Por simplesmente nos amarmos mutuamente?

Mas, isto já não era um mandamento antigo, de amarmos o nosso próximo como amamos a nós mesmos?

Não. Há um novo ingrediente acrescentado a isto, a saber, que este amor deve existir entre aqueles que são do Senhor, e não à humanidade em geral, conforme o antigo mandamento; e além disso, não tendo como padrão o nosso próprio amor por nós mesmos, mas o amor que Jesus tem por nós.

Então, para isto se faz necessário que tenhamos sido de fato, nascido de novo do Espírito Santo; e, além do novo nascimento vivermos e andarmos no Espírito, santificando-nos na verdade, porque sem isto é impossível ter o amor do novo mandamento, que somos ordenados a obedecer.

É exatamente a isto que o apóstolo Pedro se refere:

“Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente,” (I Pedro 1: 22)

E também o apóstolo João:

“5 Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.

6 Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.

7 Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (I João 1: 5-7)

 

A comunhão em amor demanda necessariamente, que haja uma purificação da alma pela obediência à verdade, que é a Palavra de Deus; esta purificação é somente possível por um andar na luz, que é obtido pelo sangue de Jesus que nos purifica de todo pecado, pois é impossível ter comunhão com Deus e receber a infusão do Seu amor divino, sem santidade de vida, motivo por que o autor de Hebreus afirma, que somos disciplinados pelo Senhor para sermos participantes da Sua santidade, uma vez que sem santificação é impossível cumprir-se o novo mandamento, de os crentes se amarem com o mesmo amor com que Jesus os ama, que é o amor fraternal não fingido, com o qual nos amamos de coração, uns aos outros ardentemente.

 

Se houver na igreja, na assembleia dos crentes apenas o amor de amizade (filéo), por mais amigos que eles sejam, este amor cuja origem está na carne e não no Espírito, nada tem a ver com o amor ágape, que é este amor do novo mandamento pelo qual importa vivermos para o nosso agrado,  e sobretudo o de Deus.

4 Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue

5 e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado;

6 porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe.

7 É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?

8 Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos.

9 Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos?

10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.

11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.” (Hebreus 12: 4-11)

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 17/09/2023
Alterado em 23/10/2023
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