Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
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Por que Deus Salva Alguns e Outros Não?

 

 

 

Primeiro, não é por qualquer mérito pessoal porque todos são pecadores, e portanto sujeitos à maldição da Lei de Deus e à condenação eterna.

Segundo, não é também por simplesmente desejar ser salvo, de ir para o céu depois da morte, por saber que Jesus é o Salvador, ou por qualquer boa obra realizada ou dedicação a deveres religiosos, pois a Escritura afirma expressamente que a justificação, ou seja, a salvação não é obtida por quem quer ou por quem corre. (Romanos 9: 16)

 

O que diferencia então o que é salvo daquele que não é salvo?

A resposta não se encontra nas pessoas, mas na vontade, autoridade e soberania de Deus em usar de misericórdia com quem Ele quiser.

“Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia”. (Romanos 9: 16)

 

Então, alguém dirá:

“Não importa pois o que somos ou como vivamos, já que não depende de nós, mas somente de Deus.”

A conclusão é incorreta, pois Deus usa de misericórdia com aqueles que não apenas se reconhecem pecadores, mas que sentem tristeza por tal condição, e se humilham diante dEle pedindo que seja misericordioso para com eles.

Nós temos isto ilustrado em várias passagens das Escrituras, mostrando que além da fé em Jesus, como sendo o único capaz de nos salvar, por ter morrido em nosso lugar, satisfazendo completamente a exigência da justiça e santidade divinas, necessitamos também de arrependimento, ou seja de conversão de nossos maus caminhos e mau estado de nossa alma, para aquela condição regenerada e santificada que é operada pelo Espírito Santo nos que são salvos por Deus.

 

Precisamos dizer com Bartimeu, o cego de nascença, pois esta é a condição espiritual de todos nós:

“Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim!” (Lc 18: 38)

E assim, estaremos no caminho certo para alcançar a bênção, tal como Bartimeu que foi curado, tanto da cegueira física, quanto da espiritual.

Para ilustrar este modo de salvação, Jesus contou a parábola do fariseu e do publicano, em que vemos claramente tudo o que afirmamos anteriormente:

“9 Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros:

10 Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano.

11 O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano;

12 jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.

13 O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!

14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.” (Lucas 18; 9-14)

 

Assim, apesar de Deus não ter revelado a ninguém qual seja o critério do exercício da sua soberania para a salvação de pecadores, uma coisa é certa: Ele salvará somente onde houver contrição e quebrantamento de coração, e não exaltação e confiança na própria justiça pessoal.

Somente Jesus é a Justiça pela qual podemos ser justificados.

É nele que achamos a salvação e não em nós mesmos. Glórias sejam dadas ao seu santo Nome!

 

 

 

 

 

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 07/11/2023
Alterado em 03/12/2023
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