Legado Puritano
Quando a Piedade Tinha o Poder
Textos

Quando as alianças antiga e nova, ou testamentos, velho e novo, são colocados em contraste, observa-se que a novo pacto é infinitamente superior ao antigo.

No entanto, nunca deve ser confundido que Deus tenha mudado, ou que o Jesus da nova aliança é diferente do Jesus da antiga. A pessoa, o caráter, as virtudes e os atributos divinos sempre são o mesmo, pois Ele não muda. Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre.

O significado então da diferença que existe entre a nova e a antiga aliança, é o método de Deus agir em relação à humanidade, postergando, na presente dispensação, os seus juízos em que cada um prestará contas de si mesmo a Ele, para um Dia somente por Ele conhecido, o qual é chamado de Dia do Juízo Final.

Tal adiamento de juízos, não sendo em essência imediatos contra o pecado, conforme ocorria no Velho Testamento, foi decidido em Sua exclusiva soberania, e com fundamento na glória que deve ser atribuída a Jesus Cristo, em sua obra de expiação do pecado e redenção daqueles que nEle creem, e sendo o fundamento e o realizador da restauração de todas as coisas relativas à criação, já iniciadas com os crentes, chamados apropridamente de nova criação, que sendo reunidos em um único corpo sob uma única Cabeça, a do próprio Cristo, terão a distintiva honra de serem os habitantes da Canaã Celestial, à qual Josué jamais poderia, ou qualquer outro, além dEle a nos dar tal acesso abençoado.

Então, por séculos sucessivos no passado, impôs-se o Velho Testamento, onde Deus se revelou manifestando muito da sua bondade, justiça, graça e misericórdia, mas nos ensinando o quanto deve ser temido e obedecido tanto em sua vontade expressa quanto em seus mandamentos, pois não há um viver abençoado real sem obediência e santificação.

Quando Jesus se manifestou em carne ao mundo, em seu ministério terreno, muito do caráter de Deus já havia sido revelado no ministério do Velho Testamento, de maneira que não errássemos no conhecimento de quem é o único e verdadeiro Deus que devemos adorar e servir com amor, temor e grande tremor, pois vemos que Ele odeia o pecado a tal ponto, que somente pelo sacrifício de Si mesmo na pessoa de Seu Filho Unigênito, que poderia achar um resgaste apropriado para nos tornar de pecadores sujeitos à condenação eterna, em filhos amados co-herdeiros de suas bênçãos eternas juntamente com Cristo.

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 13/03/2024
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