A Verdade Sobre a Realidade
Nem toda realidade deve ser publicada, especialmente em determinados contextos em que aqueles que não estiverem preparados para recebê-la, podem ser prejudicados em vez de ajudados.
É preciso muita sabedoria e experiência para aquele que pretende ser um consolador ou conselheiro para outros quanto a se ter uma palavra verdadeira mas que seja bem temperada com sal, no ponto certo, conforme recomendado na Bíblia.
Se o livro de Provérbios fosse descrever a realidade do fedor da carniça do pecado, em todas as suas múltiplas formas de manifestação, a parte relativa a pecados sensuais, por exemplo, em vez de ser um alerta à busca de pureza e castidade, seria um manual de pornografia; a parte de acumulação de bens e riquezas pelo trabalho árduo, em vez de moderação e à caridade, seria um incentivo ao amor ao dinheiro e à avareza, e assim por diante.
Por isso, mesmo naquele em que há o maior conhecimento da realidade, este sempre será parcial, como é todo tipo de conhecimento neste mundo, mesmo o espiritual, pois conhecemos e profetizamos em parte, em razão dos limites colocados pelo próprio Deus em nossa natureza, para que não ficássemos aterrorizados e totalmente desmotivados e desesperançados quanto ao nosso próprio caso, o que certamente ocorreria se nos fosse concedido por ele vermos o nosso estado pecaminoso em todas as suas reais e verdadeiras cores. Poucos seriam aqueles que conseguiriam evitar o suicídio e a loucura, pela total desaprovação da miséria de sua condenação ao sofrimento eterno de uma consciência culpada.
Por isso, devemos dar muitas graças a Deus por não nos tratar segundo a enormidade da culpa do nosso pecado, e por nos injetar força e esperança, por Sua graça, mediante a redenção e salvação que dispôs para os que se arrependem e têm fé em Jesus Cristo. Ai de nós se não houvesse tal Salvador!!! Seríamos um inferno para nós mesmos em razão de nossa situação caso fôssemos deixados por nossa própria conta quanto aos nossos pecados e estado ruim de nossas almas, não somente no Dia do Juízo Final, mas no tribunal de nossa própria consciência.
Todavia, não há conversão se não houver convencimento pelo Espírito Santo, acerca de nossa condição pecaminosa para que possamos confessá-la em arrependimento que nos abrirá acesso para a salvação por Jesus. Mas a real profundidade desta condição pecaminosa só será conhecida progressivamente à medida em que formos sendo santificados, até mesmo em nossa velhice, de maneira que possamos conhecer e suportar qual é nossa real condiçáo diante da perfeita santidade de Deus. Sem a graça de Jesus somos como demônios. É a graça de Jesus que nos transforma e nos torna aceitáveis a Deus. E é puramente pela graça e mediante a fé nEle, que continuamos tendo acesso ao Reino do Céu, do qual, sem Jesus, não poderíamos sequer sentir o cheiro.
O sangue que Jesus derramou na cruz é o bálsamo curativo para nos limpar de nossa imundície, e sempre está disponível para nos purificar de toda injustiça e pecado, se formos a Ele e somente a Ele para tal propósito. Glórias sejam dadas eternamente ao Seu Santo Nome!