![]() O Princípio de Autoridade
Como tudo se encaminha nas nações para o Juízo Final de Deus sobre a iniquidade da humanidade, faz-se necessário refletir sobre as causas deste julgamento, e em que bases ele se sustenta, sob a análise do princípio da AUTORIDADE, uma vez que tudo se resumirá em se ter crido ou não na autoridade que foi dada a Jesus por Deus Pai para ser o juiz tanto de vivos quanto de mortos, uma vez que sua autoridade é exercida sobre tudo o que há no céu, quanto na Terra. Deus Pai é a autoridade suprema, de modo que depois de Jesus ter submetido todas as coisas, ele mesmo também se sujeitará ao Pai, como, a propósito tem feito desde o princípio, em uma sujeição voluntária de obediência amorosa. E é nestes mesmos termos que todos quantos são obedientes e tementes filialmente a Deus, devem ser, sejam eles homens ou anjos. NÃO EXISTE OBEDIÊNCIA À AUTORIDADE DE DEUS FORA DE TAIS TERMOS. Uma obediência à autoridade, mesmo entre humanos, que não seja voluntária e por amor, é uma obediência servil, por simples temor da punição decorrente da desobediência. E, geralmente, os que exercem autoridade entre os homens, sejam governantes, juízes, pais, professores, etc, o fazem por tentar impor obediência aos que lhes são desobedientes, por meios ameaçadores, com a intenção de mudar-lhes os costumes, o que em alguns casos pode ser obtido até mesmo em atitudes e comportamentos dos tais, exteriormente, sem que no entanto sejam mudados no coração. Por isso, em nenhuma página da Bíblia encontramos relatos em que vejamos Deus argumentando com seu povo que lhes fará obedientes, como se diz na gíria: NA MARRA. Pois, afinal é o Criador e o seu povo mera criatura, em que se subentende que o ser criado deve viver não para fazer a própria vontade, mas a de seu Criador. Ainda que Ele faça muitas ameaças de castigos para os casos de desobediência, isto visa alertá-los para a necessidade de arrependimento, para que sejam aceitos e vivam, e não porque Deus está prazerosamente se vingando deles. O que crer e obedecer é salvo, mas o que não crer está condenado. É a própria pessoa que decide sobre qual lado escolherá. E a Autoridade divina, como é que fica no caso dos que são rebeldes a Ele? Tentará se impor até o ponto em que venham a obedecer? As nações que se afastam de Jesus e do evangelho serão conduzidas pela força e pelo poder até que venham a se converter de seus maus caminhos? Não. Nem por força, nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor. Até mesmo no caso de crentes é dito: Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. A multiplicação da iniquidade no tempo do fim terá sido a grande causa da volta de Jesus para julgar toda a Terra. E o que é a iniquidade (anomia, no grego, que significa literalmente, sem lei) senão a falta de obediência voluntária e amorosa à lei de Deus, aos seus mandamentos que não são penosos? Mas, como os homens têm caminhado cada vez mais para longe dos caminhos de Deus, sobretudo por influência da rápida transformação que ocorreu no mundo nas últimas décadas com a revolução industrial, tecnológica, informática e mais recentemente da IA (inteligência artificial), o coração da humanidade vem se desviando mais e mais das coisas que são espirituais e celestiais, para as que são naturais e deste mundo, e é sabido que aquele que ama o mundo, o amor de Deus não pode estar nele. Assim, com a multiplicação da iniquidade, o amor de muitos a Deus tem se esfriado. As relações humanas, quando não dirigidas pelo Espírito Santo, deixam de ser norteadas por laços afetivos, mas por interesses egoístas e autoritários de caráter legalista, mas não um legalismo fundado na lei divina, senão nas regras de caráter frio e desumano, estabelecidas por aqueles que pensam somente em lucro e vantagens pessoais mundanos. O que exerce autoridade não o faz por exemplo de virtude, mas por violência e arrogância. As coisas devem ser feitas pelos que lhe são subordinados, não segundo os princípios do amor e justiça divinos, mas pelos criados por sua própria imaginação, ou segundo a moda da época. Como Deus deixaria de julgar pessoas e nações como estas? Ele lhes deu Jesus e o seu exemplo para que se desviassem do mal, mas eles insistiram por longo tempo em rejeitá-los, e exercerem domínio autoritário segundo o seu próprio querer e modo, em seus diversos escalões, nas posições em que foram colocados para exercerem autoridade. A autoridade deve ser servida e honrada, mas também, por seu turno, deve honrar à autoridade suprema de Deus, senão tudo quanto obterá será apenas obediência servil e não amorosa e filial. Não devemos exercer, mesmo como crentes em posição de liderança, domínio sobre a fé dos que estão sujeitados a nós pelos laços do evangelho, mas seguir o exemplo do Pastor Supremo, que lavou os pés dos discípulos, e nos ensinou que o que mais serve e que é mais humilde é o maior no reino do céu. Ele nunca ameaçou os seus discípulos tentando subjugá-los e humilhá-los, para que obedecessem as suas ordens, mas sempre os constrangeu pelo seu amor, e sua humildade e mansidão. Deus não visita nossos erros de modo legalista, especialmente nesta dispensação da graça, em que Jesus já se ofereceu como sacrifício morrendo em nosso lugar para cobrir nossos pecados e culpa, pois sempre avalia com perfeição com que intenção erramos, se para afrontá-lo e desafiá-lo, ou se em decorrência da nossa própria fraqueza natural por vivermos ainda meste mundo com os resquícios do pecado atuando sobre nós. Ele não imporá castigos corretivos neste caso, senão que esperará tão somente que confessemos nosso pecado e nos arrependamos. Por isso somente Ele é perfeito Juiz, e devemos nos esforçar para imitá-lo nisto, pedindo-lhe que por sua graça, transforme e renove cada vez mais nosso entendimento e coração. Deus nos livre portanto, do autoritarismo legalista ou outro de qualquer espécie, pois é algo que não se encontra na natureza de Cristo que é perfeitamente bom, justo, amoroso, terno, paciente, longânimo, manso, como também em todos os seus demais atributos divinos. As nações sempre estiveram buscando os seus próprios interesses, desde o princípio do mundo, e procurando sobrepujar uma às outras, ainda que seja pela força das armas, ou por imposições comerciais injustas. Quanto maior o poder econômico e militar, maior é a posição que granjeiam na geopolítica, e todas as demais nações se curvam sob elas, mas na expectativa de lhes tomar o lugar, esforçando-se para também se tornarem grandes no mundo. Ora, se é esta a realidade, não importa o regime político que escolham para governarem, pois a árvore está envenenada na raiz, e assim serão também venenosos todos os seus ramos e frutos. Que bem pode advir de algo ruim? Por isso somos alertados por Jesus a não empenharmos todos os nossos objetivos em ajuntar tesouros na Terra, senão no céu. Ele chama todas as riquezas deste mundo como sendo de origem injusta, pois procedem das ações de uma humanidade decaída em sua natureza terrena no pecado. E tudo que procede do pecado é injusto, por maior que possa ser a sua aparência de justiça, pois será enganosa e procedente do Maligno, e não do Pai das Luzes. As nações buscam prosperidade e riquezas materiais, e não a servirem o único Deus justo e verdadeiro. Então, que prosperidade é esta que estão alcançando os que se tornam poderosos? Ela subsistirá eternamente? Os impérios assírio, babilônico, persa, grego e romano, dentre outros, que o digam. É preciso pois ler, mesmo os mandamentos da Lei de Moisés, do Antigo Testamento, com os óculos do Evangelho de Cristo. Sempre olhando para o Monte Sinai, a partir do Monte Calvário, pois se a lei veio por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. A propaganda oficial afirma falsamente que as nações buscam a paz mundial, pois Jesus, que é a verdade, na contramão de tal afirmação nos alerta que sempre haveria guerras e rumores de guerras entre as nações, e que os crentes seriam odiados de todas as nações. Então que busca pela paz e segurança é esta, senão a que é expressada pelo apóstolo em I Tessalonicenses 5.1-5: “1 Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva; 2 pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite. 3 Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão. 4 Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa; 5 porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas.” E em II Tessalonicenses 2.1-12: “1 Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos 2 a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor. 3 Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, 4 o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus. 5 Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas? 6 E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria. 7 Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; 8 então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. 9 Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, 10 e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. 11 É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, 12 a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça.” Como se não bastasse a própria falta de verdadeira paz na natureza decaída humana, em razão do pecado, isto ainda é impulsionado pela ação de Satanás que é o pai do engano e da mentira, para criar na humanidade uma falsa convicção sobre a busca de um viver em paz, enquanto amplia as rebeliões e contradições que existem no próprio coração humano. Ai daquele que fale publicamente contra a segurança, a paz, a fraternidade mundial! Mas pouco ou nada importa a existência da rebelião que existe no coração de todo ser humano contra o próprio Deus e a santidade que lhe é devida por se guardar os seus mandamentos em um coração puro e manso. Então a paz e segurança que é proclamada por aqueles que a buscam por meio da força econômica, política ou das armas, jamais poderá ser alcançado, pois esta planta pacífica, justa e verdadeira não habita no coração natural humano. E se o agente ativo por detrás de tudo é o diabo, que é o Príncipe deste mundo, pois é por sua mão invisível que os governantes são conduzidos, quando não permitem ser conduzidos pela mão de Deus, como poderá haver real paz e segurança eterna entre os homens e nações? Como pode haver paz quando não se ama a verdade divina, mas a mentira satânica? Deus não deixará os tais entregues a si mesmos, e por conseguinte, sujeitos ao domínio e governo do diabo? Não é porque o mundo sempre se acha dividido entre partidos de vieses políticos diferentes que não há paz entre as nações, mas porque cada pessoa está dividida em seu próprio coração, negando-se a consagrá-lo inteiramente a Deus. E se o mundo é poupado da destruição total, por conta da longanimidade de Deus e dos poucos piedosos que nele existem, isto não significa que um dia, em sua grande maioria virá a se converter inteiramente ao Senhor. Então se verá nação se levantando contra nação, ainda que dissimuladamente, através de acordos e alianças que visam à destruição e rebaixamento mútuos, com a aparência de luta pela liberdade, igualdade e fraternidade, como no slogan da Revolução Francesa, que não se concluía com estas três proposições, mas com “ou a morte”, isto é, aquele que não se submetesse à liberdade, igualdade e fraternidade nos termos dos revolucionários, deveria ser morto. E daí decorreu que muitos morreram decapitados pela guilhotina, na divisão entre jacobinos e gerondinos. Muito sangue foi derramado em nome da segurança e da paz. E nunca se falou tanto de se alcançar tal objetivo de paz e segurança mundial, desde então, mas o que se tem visto é cada vez mais divisões e guerras, conforme profetizado nas Escrituras, até que Cristo venha e ponha um ponto final em tal estado calamitoso da humanidade, pela remoção dos ímpios, para que os que amam de fato a verdade e a justiça, e que são tementes a Deus, herdem a Terra e o Reino do Céu. Maranata. Ora vem Senhor Jesus! Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 26/04/2025
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