![]() Deus Exibe quem é Através dos Santos
“4 E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus; 5 não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, 6 o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. 7 E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, 8 como não será de maior glória o ministério do Espírito! 9 Porque, se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça.” (II Coríntios 3.5-9) O apóstolo se refere à glória da Antiga Aliança que foi passageira, durando de Moisés a João Batista, ainda que sendo um ministério da letra, da morte e da condenação, porque a Lei era o fundamento daquela aliança, e sabemos que a Lei apesar de ser santa, justa e boa, procedente do próprio Deus, não pode, por si mesma nos salvar dos nossos pecados, mas somente nos convencer de que somos transgressores da vontade divina porque a carne é inimizade contra Deus e não está sujeita à Lei e nem mesmo pode estar. Assim, a Lei nos condena à morte e nos deixa no mesmo estado em que nos encontrou. Mas Deus fez algo muito mais glorioso e que é permanente, ao ter planejado antes mesmo da fundação do mundo, uma Nova Aliança, baseada não na Lei, mas na graça de Jesus, que é o Fiador desta aliança, para nos livrar da condição de morte para a de vida, pois é um ministério do Espírito Santo e da justiça de Cristo sendo atribuída aos aliançados para a justificação deles. “17 Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. 18 E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (II Coríntios 3.17,18) O homem foi criado para ser à imagem e semelhança de Deus, sobretudo no que se refere à santidade, pois devemos ser santos assim como Deus é santo, para sermos semelhantes a Ele, pois Deus ama aqueles em quem a Sua pessoa, vontade e atributos são refletidos, assim como estavam perfeitamente refletidos no próprio Jesus em seu ministério terreno. Daí decorre a necessidade de o crente ser progressivamente santificado, para que reflita em sua própria pessoa e comportamento quem é o Deus santo ao qual ele serve. Afinal, Deus nos criou para se revelar através de nós, para que nós mesmos conheçamos quem Ele é pelas transformações e manifestações realizadas pelo Espírito Santo em nossas vidas, e que isto possa ser contemplado por outros, até mesmo pelos anjos. É com esta grande verdade em vista que podemos melhor entender o ensino de Jesus no Sermão do Monte, no qual são destacados não somente os contrastes entre a Antiga e a Nova Aliança, bem como são exibidas muitas das virtudes que devem existir nos crentes, para que sendo perfeitos assim como o Pai é perfeito (Mt 5.48), e suas obras de fé e piedade sendo vistas pelos homens, estes venham a glorificar a Deus, por ser exibido em Seus atributos (amor, misericórdia, justiça, verdade, bondade, longanimidade, santidade etc.) através dos crentes. Deus ama a Si mesmo, e nos ama por se ver refletido em nós. “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.” (João 14.21)
Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 07/07/2025
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